Dia dos Professores: docentes apontam as mudanças e desafios de lecionar durante a pandemia

Prof. Me. Edilson Geraldo de Almeida e Prof. Me. Edson Wagner Rodrigues, do Centro Universitário Módulo e da Faculdade São Sebastião (FASS), contam como adaptaram as atividades letivas em casa […]

08/10/2021

Prof. Me. Edilson Geraldo de Almeida e Prof. Me. Edson Wagner Rodrigues, do Centro Universitário Módulo e da Faculdade São Sebastião (FASS), contam como adaptaram as atividades letivas em casa para manter a qualidade e o engajamento dos alunos

A pandemia do coronavírus trouxe muitos desafios para a sociedade, e na educação não foi diferente. Com as aulas presenciais suspensas, os ensinos remotos síncrono e assíncrono emergenciais foram as alternativas viáveis para dar continuidade à vida acadêmica.

Diante dessa mudança na realidade do cotidiano letivo, professores tiveram de se adaptar rapidamente ao formato de novas tecnologias e encontrar maneiras assertivas para engajar os alunos nas aulas virtuais.

Em alusão ao Dia do Professor, data que será celebrada no próximo dia 15 de outubro, os docentes mestres do Centro Universitário Módulo e da Faculdade São Sebastião (FASS), instituições pertencentes ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, Edilson Geraldo de Almeida e Edson Wagner Rodrigues, pontuam como foi e está sendo ensinar os estudantes neste período.

O professor do curso de Pedagogia do Centro Universitário Módulo e FASS, Edilson Geraldo, aponta que não foi fácil a adaptar-se em um curto período de tempo, sobretudo quanto ao manuseio das novas plataformas virtuais e em como entender e manter os alunos focados nos estudos. “Os alunos ajudaram bastante também para que nós conseguíssemos ter êxito nessa missão. Com uma metodologia ativa, eu busquei sempre a interação com os alunos, com as câmeras e o microfone sempre abertos e instigando a participação deles. Fizemos ciclos de seminários com temas em que os alunos participavam. E eu creio que apesar de todas as adversidades nós conseguimos fazer um trabalho no qual os estudantes se sentiram protagonistas”, avalia o professor Edilson.

Já o professor do curso de negócios da FASS, Edson Wagner Rodrigues, conta que no começo ficou muito preocupado de como seriam as aulas remotas síncronas e a falta de contato presencial. “Foi importante essas indagações porque trouxeram desafios, e o primeiro foi o de perceber a sensibilidade dos alunos que estavam passando por momentos turbulentos com seus familiares. Assim, nós professores tivemos que mudar o nosso papel. Eu percebi que precisava exercer um papel social bem mais do que só ensinar, e estar um pouco mais próximo desses estudantes apesar do distanciamento e dar acolhimento neste momento”.

Além dessa mudança, o professor ressalta que no primeiro semestre, logo no início da pandemia, os alunos começaram a ter preocupações com o desempenho acadêmico diante do momento tão incerto e de novas adaptações. “Para acalmá-los e dar conforto, gravei um singelo vídeo dando força e desejando que eles fossem resilientes para que passassem por esse período”, disse Edson. “Vejo que todo esse nosso processo do corpo docente na pandemia deu um bom resultado no sentido de acolhimento desses alunos”, complementou.

“Os alunos se sentiram abraçados e começaram a dar um retorno positivo nas aulas sempre com um bom engajamento e participação. No meu caso, eu percebi que meu novo papel como docente era ajudar a diminuir esse distanciamento e momento difícil aos alunos. Compartilhei o meu WhatsApp e sempre respondia todas as dúvidas, questões e preocupações que os alunos tinham. E isso foi muito legal e importante porque trouxe uma aproximação com os alunos. Essa foi a primeira mudança, e sei que essas mudanças vieram para ficar”, relata o professor Edson.

Apesar da pandemia ter exigido uma mudança e adaptação rápida na realidade do ensino assim como em todas as áreas da vida, ela ajudou a impulsionar mudanças necessárias para mais um formato no ensinar e fez com que instituições, professores e alunos se adaptassem a uma nova era que já vinha dando sinais de que seria uma realidade: o ensino remoto síncrono. “Hoje eu vejo como uma alternativa cada vez mais forte e presente no cenário da educação, e mais mudanças e desafios aparecerão para nos adaptarmos e utilizarmos. Diante disso, já ficamos com a lição de casa: como engajar nossos alunos nas aulas com a tecnologia? ”, aponta o docente de negócios.

O questionamento sobre como manter os alunos focados nas aulas em um cenário virtual foi uma preocupação desde o início, e nesses quase dois anos de pandemia vem evoluindo a cada dia o ensino remoto.

“Nós professores redescobrimos ferramentas importantes para usar com nossos alunos. Algumas transformações também precisavam ser feitas no ambiente que eu queria transmitir essas aulas. Eu montei um cenário com fundo, microfone, fone de ouvido, computador e outras tecnologias para dar as aulas e manter a sensação de sala de aula. Tudo isso mostrou a necessidade da nossa transformação educacional e infraestrutura para dar condições aos estudantes”, acrescenta o profissional.

Por fim, os professores ressaltam que para conseguirem ter êxito no atual formato de ensinar é essencial contar com suporte e infraestrutura de qualidade, com plataformas interativas, materiais gamificados, palestras virtuais e diversas atividades assíncronas, entre outras.